1. |
Neo-Túmulo
02:56
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Já é tarde demais
Teu socorro veio tarde demais
Só me resta cavar e enterrar no peito toda a culpa de outra pessoa
Fúnebre/Lúgubre
Vive como animais, e não sabe o que faz
Já é tarde demais
Medicamentos paliativos
Pano e seringa
Extinto eu fui nesse dia, lixo e mentiras
O estigma dessa facada vive em tua veia
Destinado a cavar esse chão
Lembre de mim
Desmancharam minha face na história
Lembre de mim
Naquela noite houve a chance de um lar cicatrizar
Naquela noite eu falhei, lembre de mim
Faça-me o ponto final
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2. |
A Grande Degola
03:26
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Os olhos abertos sem ver nada é o resultado desse fim dos tempos no século podre
Sendo violentado por eras, incinerado na terra e sentindo cheiro de enxofre
Munição pra fuzilar pobre te deixa rico
Satanás controla a mente do homem mundano
Insatisfação total com a vida desgraçada
Que te suja a consciência e te oferece nada mais
Violência punitiva - O pão que o diabo amassou
Uma faca no seu bucho - memorize a dor
Na minha veia corre esgoto - o sangue entorna em você
Quem já nasce morto não tem medo de morrer
Corrompidos por essa desgraça de vida
Viveremos somente pra te degolar
Corrompidos por essa desgraça de vida
Viverei pra degolar
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3. |
Palavras São Só Barulhos
02:57
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100 facadas desmontam qualquer rosto lindo
Pelos fluidos o diabo se fundiu comigo
Entrou pelo meu curativo
Fazem perícia mas nao sabem de nada
Empalaram tua fé que renasceu faminta
2 mil anos falhando e degustando essa queda
Pra re-acender essa vela
Crie um caráter que não vale de nada
Vermes e ratos aqui
Esse é o meu fim
Deixe me ficar
Regurgitam palavras mortas pela mão divina que permite a morte aqui
Sempre fingindo estar bem
Dê meu chao pra descansar
Deixe me ficar
Palavras são só barulhos
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4. |
As Vezes Sou Antigo
03:16
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Lambendo o Cinzeiro
Infectados, enclausurados e condenados a procrastinar por esse mundo de merda
Vagando entre o quarto e a cozinha
Quando o cão consome minha mente eu fico fudido
Mas por outro lado me sinto vivo
Seria um grande pecado o diabo habitar em mim?
Quem vai me matar?
Pintar meu quadro com sangue
Quem vai me matar?
Só não me deixe vagando por entre o quarto e a cozinha Tímido e moribundo
Venha me matar.
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5. |
17:55h
03:30
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Dilacerado e fraco em todos os lados
Nessa sala estranha onde tua voz me arranha
O meu declínio é o que sustenta tua vida mesquinha, mas te encontro no inferno
Teu destino tá certo
E o resto do corpo que tem foi jurado ontem
E foi velado ontem também
Perdido no valão
Saudosa decepção
Transe espiritual
Úmido, podre e letal
17:55h ela chegou, morto eu já tô, pelo menos morto não tem mais nada o que errar
Foi engano seu
Tua vida deu merda
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6. |
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Faz tempo que não posso comer
Teu feitiço me fez derreter
Tomando sopa pelo nariz
Bem-vindo à minha família feliz
Rancor e ódio transam no fogo
Vê se aproveita e nasce de novo
Pois teu fracasso é a mãe dessa dor
Levarei séculos pra ver
Esse estômago entortar
Essa lástima fecundar
O zigoto da terra
Fale sobre o seu paladar
Onde o gosto de terra é normal
Só um capricho ou perdição?
Saiba que o carrasco se alimenta aqui
Foi uma faca antiga?
Foi viagem minha?
Encontrei as fotos
No andar de cima
Perfurei meus poros
Com uma faca antiga
Empilhei os corpos decompostos sob o sol
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7. |
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Sonhei com um bicho estranho, um cramunhão
Não vi o rosto mas senti o cheiro
Lembrei desse cheiro vendo minha face no espelho
Ambos os lados são âmbares
Parece sorte mas me prejudicam
Ambas as partes são sólidas/frágeis
Seduzem meu corpo pra dentro do chão
Eu sou o Lôdo - Eu sou teu lar
Eu sou o Mofo grudado em Você
Quando tua memória for azul, eu sou o mar
Tu criaste a água suja e não tem medo de beber
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8. |
Vybora
04:17
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Rebento nessa prole sobrenatural
Tornei-me a dúvida que Deus não soube te explicar
Deixa esse espírito entrar
Deixa o teu castigo vir e te punir nesse poço sem fim
Sempre foi assim
Ouça essa voz na tormenta
Deixa esse espírito entrar e moldar e curar
Eu te avisei
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9. |
Oito Longos Anos
02:56
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Rastros de Cancro encontrei naquele lugar
Todas minhas faces humanas permanecem pálidas
Tua seiva é o que habita em mim, não pude ver
Só sentir em minha saliva teu beijo trágico
Eu sou a Derrota
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10. |
Problema Pra Dormir
02:37
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Cansado e morto de fome, quero sair desse lugar
Desse esgoto a céu aberto em que dormi com as pestes e sobrevivi - Não sei pra que
Só pra ver mortes fantásticas
Evoluções desmedidas, pêsames falsos e partos cruéis, como foi o meu na segunda vez
Problema pra dormir
problema pra viver
Nesse leito eu te vejo acabar
Infinito é o poder da tristeza
Tuas preces aqui não me ofendem - não mais
Problema pra dormir
Problema pra viver
Quem sabe no inferno é melhor
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11. |
Sou Paranóico
02:58
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Desastre mental ou encosto
Ou percebi que sou paranóico
A chave de fenda, a ferida aberta
A possibilidade de algo dar merda
Texturas que hoje me lembram desse dia esquisito
Parece uma lesma, parece chapisco
Parece um hematoma ou um dano neurológico
Réplicas
Fui obrigado a viver cópias do peso e da doença desse encosto na minha vértebra
Pobres coitados que acreditam nessas fábulas
Meu presente de natal foi o pranto e o comprimido
Nessa jornada eu senti dor
Tua morte enfim chegou
Me aliviou
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12. |
Meu Estômago
03:55
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Máquina cuja especialidade é matar
Vítima de bullying e de abuso sexual
Esperança em tua casa só se encontra no ralo
Deglutido fui antes mesmo de ser mastigado
Meu sangue entorna pelo ralo
O mesmo ralo que me joga de uma merda pra outra
Pegue agora sua meditação e vá se fuder
Veja o mundo através dos meus olhos podres
Sangramento é o que banha o filho que nasce morto
Nesse limbo a peixeira me destroça o pescoço
E rasga a derme até o osso
E cicatriza no fundo do poço
A redenção que procura é o que te mata por dentro
De repente uma chuva de rajada de merda
Aflição, rejeição, uma corda na mão
No final disso tudo o defunto é você
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