1. |
O Carcinoma Terrestre
01:59
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2. |
A Praga Humana
01:38
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Arrancando com as unhas o resto da alma
Novamente tendo que encarar meu próprio cadáver
Dono dessa carne suja, um prato cheio pra miséria
Sem fuga aparente contra a sucção do abismo
Quantas vezes vou morrer pra perceber o cadáver que eu sou?
Compartilhando a doença com os ratos e os pecados com um deus moribundo
E se cristo voltar
Que volte preparado
Para ser assassinado
Pela praga humana
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3. |
Chafariz de Sangue
02:06
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Lembro daquela cena
Meu próprio pai em um chafariz de sangue
Um corredor amaldiçoado
Por memórias mórbidas de um câncer
Re-energizado, dentro do caixão
Leve o câncer adiante essa é sua função
Preso por ser vivo, livre pra morrer
Esse cramunhão quer me ver desaparecer
Sempre acompanhado, por um ser escroto
Mais um viciado sem receio de ser morto
Flor que não se cheira, energia imunda
Pega o seu discurso e aproveita pra enfiar na bunda
Eu lembro daquela cena
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4. |
Clímax Demoníaco
01:52
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Morto e divino
Migalhas de vidro
O espelho de cristo quebrado
O sangue faminto
Por cacos de vidro
Por algo doentio que se move
E esse vazio não é mais visita
Já fazem muitos anos que essa mente tá podre
Sabotando a si mesmo como um cara de pau
Braços que me enterram nesse chão
E se a gritaria dessa morte na minha veia for real?
Clímax Demoníaco sem final
E se tudo que essa merda de cabeça pensa for letal?
Clímax Demoníaco sem final
Sendo esfaqueado por si mesmo com um golpe de punhal
Clímax Demoníaco sem final
Quando o resto de merda é o que sobra pra mostrar a direção
Clímax Demoníaco sem final
Deus não é pai, e esse mundo é uma madrasta escrota, foda-se
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5. |
Jazigo
01:20
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Debochando do viver
Desse orgasmo ao falecer
Remendado várias vezes
Nada consegue parar
Essa unha a se roer
Esse filho a padecer
Esse parasita a me contaminar
Todo ódio que Nasceu
Mora dentro do meu eu
Desdenhando o próprio ser
Alegrando Satanás
E quando a festa acabar
O Chifrudo vai levar
Tudo que o mesmo criou
Mas que agora já morreu
Larvas, hospedam teu nome, teu cheiro e se movem no teu novo lar
Jazigo
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6. |
Messias de Merda
02:15
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Mal, vive-se o mal, foda-se o pão
Foda-se a fome de uma nação
Fome de deus, fome de mal
Fome de travesseiro e jornal
Oriunda do alambique
Buscam na pinga o mesmo final
Mais um sinal, nutre essa dor
Preso na vida em farsa e calor
Sinceridade mórbida
Pivete Executado
Atentado na américa
Ser humano na cova rasa
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7. |
Filho de um Manequim
01:34
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Insanidade mental
Sobras do sangue incolor
Lembranças fartas de caos
Cobras lhe entregam maçãs
Filho de um Manequim
Pobre mortal
Traga ao faminto o jantar
No céu da boca do cão
Piora a qualidade de vida
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8. |
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Já não tenho olhos pra pagar o olho da cara
Já não tenho nem mais cara
Black Friday hoje é lá no lixão
Aroma de carniça, bactéria na refeição
Esse fruto podre, com medo da vida
Sem coragem pra se matar
Desacreditado, o grito sufocado
Que vem do operário, pro patrão:
Vai se fuder!
Minha refeição é no lixão.
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9. |
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Se o homem cumpre sua sina de matar
Esconde a cura e te ve agonizar
Pra que esperar o que ele te prometeu, se o câncer vem da mão de deus?
E esse orgasmo que sente ao se cortar|
A liberdade é a lâmina
E o discurso pra esse funeral é primitivo
Óbito!
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10. |
Possuído dentro da Vala
02:22
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Reza forte e toda a crença na carne humana frágil e apática
Perseguido por barata e rato e possuído dentro da vala
Canibal que devora o próprio ser, como um selvagem vivendo na margem
E a própria mente que só pensa em te fuder
Toda essa nojeira realmente vive dentro de você
Dentro da Vala!
Água da vala pra beber, água da vala pra lavar
Não tem mais tempo de se esconder, o que me resta é te enterrar
Mais uma vez o futum do lixão
Se prende em minha boca esse gosto de horror
Que pra sempre impregnará
Essa nostalgia anormal
Um prazer bizarro e mortal
O Prazer de te enterrar vivo!
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11. |
Pivete Executado
01:42
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12. |
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E a sombra que me acompanhava era a mesma do diabo
Veneno na pele
Fábulas de uma navalha
E a sombra que me acompanhava era a mesma do diabo
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